Adeus FCT, olá AI². Irá a nova “super agência" separar a ciência da burocracia? Investigadores têm muitas dúvidas

Modelo de organização da nova entidade pública de financiamento científico será mais próximo do europeu e do norte-americano. Investigadores mostram-se preocupados com a incerteza associada à reforma.
Tudo mudou quando menos se esperava. Como é habitual, todas as quintas-feiras, o Governo reúne em Conselho de Ministros e, pelas 15h, comunica ao país as medidas que foram aprovadas. A 31 de julho, antes do arranque do período de férias para uma grande percentagem dos portugueses, o ministro da Educação, Ciência e Inovação — ao lado do ministro da Reforma do Estado — anunciou um novo pacote de reformas na tutela que, entre muitas coisas, previa a extinção da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
Fernando Alexandre foi rápido a clarificar que esta medida não significava o fim da Ciência ou do financiamento público de projetos de investigação em Portugal. “Vamos garantir que o financiamento da Ciência é preservado na linha daquilo que este Governo tem vindo a fazer”, explicou, remetendo para a “histórica” execução orçamental da FCT no último ano, bem como o aumento de 8% do orçamento previsto para 2026. Contudo, estes 40 milhões de euros que foram anunciados no Encontro Ciência, no início de julho, diante de uma plateia de cientistas e investigadores, não vão ser canalizados para instituição inicial.
“Vamos ter uma extinção da Fundação para a Ciência e Tecnologia e vamos ter a criação da Agência para a Investigação e a Inovação (AI²)”, confirmou o governante, em direto no Campus XXI, em Lisboa. Esta nov...
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