Lisboa - Centro de Congressos do Estoril

Directions 2015

22 de Outubro de 2015

A IDC prevê que em 2020, a nível mundial, todos os sectores económicos – desde a indústria, passando pelo retalho, banca, seguros, energia, turismo, e até a saúde – serão liderados por empresas com uma forte presença na economia digital.

De facto, assistimos já hoje a várias empresas de diversos sectores a transformarem e incorporarem o digital de forma a:
- Criar uma melhor experiência para os clientes;
- Aumentar a eficiência operacional;
- Inovar os modelos de negócio.

No caso concreto do mercado nacional, e apesar do programa de ajustamento financeiro, assinado com o FMI, BCE e UE em 2011, ter terminado, permitindo que a economia nacional recupere algum espaço de manobra para definição das suas políticas de crescimento, o contexto económico ainda é frágil e o esforço de consolidação orçamental vai certamente manter-se por mais alguns anos – a meta da União Europeia prevê um défice estrutural de 0,5% do PIB.

Se, por um lado, tendem a permanecer ainda alguns entraves estruturais na economia nacional, entre os quais se destacam o elevado peso do Estado na economia, a fraca qualificação dos recursos humanos e a reduzida competitividade e produtividade das empresas nacionais, por outro lado, 2014 marcou o início do novo Quadro Comunitário de Apoio até 2020 que contempla incentivos na ordem dos 22 mil milhões de euros, que serão canalizados para a economia nacional durante estes próximos seis anos.

Paralelamente a tudo isto, assistimos a uma rápida transformação tecnológica, à qual a IDC designa de 3ª Plataforma Tecnológica, de inovação e crescimento, assente em 4 pilares fundamentais: Mobilidade, serviços Cloud, Tecnologias Sociais, e Big Data, onde preconiza que as organizações podem obter ganhos de competitividade superiores, quer para suportar processos de internacionalização, quer para aumentar a eficiência operacional, inovar ao nível da oferta e tornarem-se mais ágeis e capazes de se adaptarem às condições de mercado.

Esta nova realidade é cada vez mais clara, mais concretamente, enquanto os mercados associados à 2ª plataforma vão entrar em modo de recessão em todo mundo (crescimento de 0,4% em 2015 e declínio nos próximos anos), os mercados ligados à 3ª plataforma, isto é, ligados à mobilidade, aos serviços cloud, às tecnologias sociais e de Big Data, vão crescer 13% a nível mundial em 2015. Em resumo, a 3ª plataforma representa já hoje 30% do total do mercado das TIC e praticamente 100% do seu crescimento.

Quando olhamos para o período de 2015 a 2020, prevemos o início da fase mais crítica da 3ª plataforma, caracterizada por uma explosão de soluções inovadoras e por uma grande criação de valor no topo dos 4 pilares que formam este novo paradigma tecnológico. Esta fase é caracterizada por “aceleradores de inovação” que estendem radicalmente as capacidades e aplicações da 3ª plataforma, como é o caso da Internet das Coisas (IoT), Wearable Computing, Drones, Robótica, Impressão 3D, Sistemas Cognitivos, Biologia Sintética, Interfaces Naturais de Computação, etc.

Neste contexto de crescimento e transformação tecnológica, trazendo grandes desafios mas também oportunidades para todas as organizações nacionais, a IDC acredita que a capacidade para abraçar esta 3ª plataforma tecnológica irá redefinir a liderança em todos os sectores económicos e na administração pública.

No DIRECTIONS 2015 serão analisadas as principais tendências tecnológicas no mundo e em Portugal e o seu impacto nas empresas e organizações portuguesas nos próximos anos.