“Um canalizador vai ganhar mais do que um programador na próxima década”
Dois empreendedores portugueses e um neerlandês juntaram-se na Web Summit para falar do futuro da IA. O impacto no mercado de trabalho foi o tema dominante. Todos têm perspetivas diferentes.
Idosos a interagirem com agentes de IA, canalizadores a ganharem mais do que engenheiros e coders a programarem em linguagem natural. Três CEO juntaram-se esta quarta-feira na Web Summit para falar do futuro da IA. Mas o tema principal foi, irremediavelmente, o impacto desta tecnologia no mercado de trabalho — e, sobre isso, cada cabeça sua sentença.
Questionado pelo ECO sobre a necessidade de os trabalhadores desenvolverem novas competências adaptadas a esta nova realidade (reskilling), Vasco Pedro — antigo fundador da Unbabel, que acaba de lançar uma nova startup de agentes de IA intitulada Spinnable.ai — apontou que a fasquia para a adoção de IA é baixa.
“‘Contratei’ um agente para a minha mãe, que tem 80 anos e vive num lar, e ela tem-no usado diariamente, está super feliz e entusiasmada com ele. E acho que o processo de democratização da IA é exatamente baixar a barreira para que toda a gente a use. E tenho visto isso a acontecer. Se a minha mãe, de 80 anos, que não é uma pessoa particularmente tecnológica, consegue usar IA com sucesso, então qualquer pessoa pode. E só irá melhorar”, afirmou o empreendedor português.
Para Vasco Pedro, “cada geração sabe mais sobre tecnologia do que a anterior”, uma tendência que se está a reverter. “Estamos a chegar a um ponto em que a tecnologia é tão fluida e natural que basta interagir com ela como se interagiria com outro humano. Por isso, não existe necessidade de reskilling para conseguir fazer outros trabalhos”, defendeu o cofundador e CEO da Spinnable.ai.
De imediato, Daniela Braga, fundadora e CEO da Defined.ai, que vende dados para treino de modelos de IA, traçou um cenário mais pessimista, em que...
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